foto extraída do site http://www.islamocha.cl/birdwatching/
E pra entenderem meu canto
neste país muito antigo
hei de cantar e prossigo
o rumo de outro “zorzal”
é o Brasil com voz rural
que evidencio e acredito
por isso Meu Tempo Escrito
faz ronda na Capital
Aos bravos da Rádio sul
meu obrigado e respeito
por me darem o direito
de retornar ao SARAU
se o Brasil de voz rural
me acredita soldado
eu vou marchar bem
pilchado
sobre o meu Canto Ancestral.
E hão de entender mais
meu canto
neste país em perigo
pois só o valor do antigo
perpetua o mundo novo
eu juro e então me comovo
verseador Á Moda Antiga
verso afiado, limpa a
briga
e inflama a alma do povo
Para aqueles que me
escutam
e creem nas minhas
verdades,
que olhem bem pra cidade
com luzes, fios e concreto
e pensem no analfabeto
sem teto, voz, nem jornal
espelho do homem rural
parido no campo aberto.
Quando a cidade não vê
o campo morre no escuro
celulares, sonhos, juros
banalidades mesquinhas
curtidas nas ladainhas
compartilhadas por farra
não mais o amor das
guitarras
nos ranchos de tardezinha
Olho no olho do irmão
e o peito a peito no
abraço
cimbram almas no compasso
da humanidade que canta
quem não escuta levanta
quem não vê perde o destino
cego do próprio “camino”
surdo da própria garganta.
Matem a cede dos olhos,
perdoem os menos cultos
bebam menos dos insultos
da regressão do universo
o espiritual é o progresso
saber de si é o caminho
a mesma flor que da espinho
da alma e sonho ao bom
verso.
Por isso então me pergunto
se há mesmo em quem
confiar?
É doente a aura do olhar,
terminal o brio do amigo
não sei se conto comigo
quanto mais com quem
promete
confiar é estar num brete
sempre a mercê do perigo.
E pra entenderem meu verso
neste Rio Grande na mira
hei de avaliar a mentira
em fotos, textos e sons
na harmonia dos bons
que enxergo, vejo e
respiro
saio da mira do tiro
munício a arma dos sons.
Eu vou confiar no instinto
De vaqueano das picadas
Pois já fui da cerrilhada
Aos gelos da cordilheira
Cantar? Cantar é a minha
maneira
De fazer campanha eterna
Calos, mãos, força na
perna
E campo pra vida inteira
Quando a cidade não vê
o campo morre no escuro
celulares, sonhos, juros
banalidades mesquinhas
curtidas nas ladainhas
compartilhadas por farra
não mais o amor das
guitarras
nos ranchos de tardezinha.
Mas que botada, verso machaço, de fundamento!
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