Amar o amor em cada um que habita em mim...
Era sete da manhã, eu limpava a área em frente a minha casa - para que meus filhos e as visitas (minha irmã e seu cusquinho Tom) pudessem desfrutar do melhor ambiente de minha nova morada.
Junto ao pano que esfregava o chão, ou melhor, no detergente que agia sobre as impurezas, gotejei anos de minha história que talvez esteja na metade. Vi o homem à beira do fracasso e sobre o pedestal da glória, o fraco, o infantil o egoísta... mas, vi sobre todos eles, o eu que sobrevive em voz de artista e deve livrar-se dela para ser vida real.
Após esta limpeza deverá surgir o ingrediente mais importante para a faxina interna. Chamasse CORAGEM. Sim MAIÚSCULA. pois a coragem minúscula nos revela o ingrediente para a ação inversa – O MEDO.
Quem na vida não acordou com esta sensação de que há muito para ser limpo? E quando pensamos nisso, já estamos com os colchões ao sol, com as cadeiras sobre a mesa e o corpo pulsando em determinação e bom – humor.
A frase que abre esse texto, vem da música Peregrino, uma canção de ritmo rasguido-doble que nasceu instrumental pelas mãos de Fabiano Harden e passou a ter letra quando encontrou-se com sua companheira escrita.
Uma espécie de Amor Insólito (Raro, incomum desusado...)
Os poemas e melodias – no meu ver – são como as pessoas: encontram-se, convivem, pedem arranjos e instrumentos, gravam sua existência para que os outros escutem e imaginem. Após o “amadurecimento” e anos rodando nas rádios da vida, pedem um novo arranjo, novos instrumentos ou apenas a exclusão de alguns e uma nova e determinante regravação.
Sabe o que é para mim o auge da composição?
Quando posso limpar instrumentos e arranjos e com minha limitação de violonista apresento, de maneira corajosa, algo que nasceu para andar junto... simples, despretensioso mas colorido de verdade. Poema e melodia!
Sonho bem mais que ando sem luz pra florescer.
“Então é natal... ano novo também...”
O que espero de mim?
O que esperas de ti?
O homem teima e sabe do sem fim das horas em que viver não é motivo pra sorrir...
E peregrino segue a luz maior das almas: caminho pedra e cruz pedindo pra florir.
Pegue o balde. A água ainda é limpa... despeje litros de CORAGEM MAIÚSCULA. Lembre-se de varrer antes e, junto aos ciscos, na pá – direto ao lixo, despeje o MEDO.
Quando as crianças e as visitas acordarem, estaremos com o mate pronto. E o melhor ambiente da casa estará esperando com cheiro de vida MAIÚSCULA DE ESPERANÇA.
Cruz aberta igual o abraço que precisas oferecer em agradecimento a Deus.
Vamos amar o amor em cada um que habita em nós.
Não há ensaio para o Amor Insólito... Tudo já está valendo.
A vida é um disco chamado Natal.
Obrigada, Lisandro por nos brindar essa beleza ! Que tenhas, junto a tua família, um Natal feliz, pleno de paz, luz e muito Amor !!!
ResponderExcluirMais uma bela reflexão meu irmão... que se renove em ti sempre, este velho espírito de falar da vida numa poesia constante.
ResponderExcluirQue a família Amaral tenha uma noite de Natal carregada de amor e bons sorrisos!
Lisandro, em uma de tuas primeiras postagens, lembro de tu ter indicado um site, para que os leitores do diário do andante visitassem. Trata-se do site hooponopono - "a cura havaiana", até então desconhecida por mim e após apreciada e por muitas vezes refletida e colocada em prática ("depois pros males do corpo, peguei a cuidar da alma..."). Nesta última semana, li uma postagem antiga de final de ano que retrata um dos temas que tu aborda neste momento, a “faxina de final de ano”. Tomo a ousadia de abaixo, amplificar a mensagem aos teus seguidores E um fato interessante, é que exatamente a um ano eu conhecia a cidade de Bagé, e de certa forma comemorava o aniversario do Marenco, junto a ti e a tantos outros admiradores, e celebrávamos a importante conquista do Centro de Oncologia da Santa Casa, no museu Don Diogo, e ainda, ouvia pela primeira vez o poema “Canto Ancestral”, na bonita noite intitulada “Parador do bem querer”.
ResponderExcluirForte abraço,
Alexandre.
Limpeza de Final de Ano...
Suporte Hooponopono :) em Sex 19 Dez 2008, 18:14
A essência do processo Hooponopono é a limpeza. Daqueles sentimentos que não nos fazem bem. Dos pensamentos que trazem angústia e frustação. Dos medos e dos pensamentos e emoções negativas. Assim como que se limpa interiormente, se limpa exteriormente. A faxina de final de ano, costume de muitas pessoas, simboliza esta limpeza externa e a virada de um ciclo. Assim como é dentro, é fora. O ambiente em que vivemos reflete nosso universo interior.
Antes de entrar no novo ano, separo, jogo fora ou dou à alguém aquilo que somente espaço ocupa em minha casa. Todos os anos pratico isto e percebo que aquele vazio que fica dentro da casa acaba sendo preenchido por algo novo, diferente.
É mais ou menos aquela história do monge e o copo d'água... Um curioso veio a seu encontro, e indagou-o sobre os mistérios do Universo, do Zen, do Tao, etc. O monge simplesmente foi enchendo o copo, até derramar o conteúdo dele... Ele simplesmente disse: como posso ensinar algo a você se seu copo está cheio? De seus pré-julgamentos, conceitos mundanos? É necessário estar com o copo vazio para receber o conteúdo novo. O copo vazio nada mais é do que o estado de permissão. No zero que se inicia o movimento.
Um amigo meu certa vez me disse que... se aquilo que você guardou não foi tocado durante um ano, está na hora de repensar e ver se ele terá utilidade um dia.
Bem... Estou fazendo minha faxina de final de ano e quis compartilhar minha experiência com vocês.
Zen.
Suporte Hooponopono :)
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