sexta-feira, 19 de junho de 2015

Diamante



Quantos pingos pela rédea e redomões no cabresto...
quantos goles com pretexto de engolir lua  e estrada...
um dia, na madrugada, te encontrei  alvorotado
dei um abraço apertado e não falastes mais nada.

Amigo eu te perdoo, se é que tenho esse direito...
o golpe que deste ao peito dos que te amam é duro!
E eu, que também me procuro, compreendo e não aceito
o soco é nó junto ao peito... seguimos todos no escuro.

Calou a espora do ginete Dilmar Soares,
vento nos ares de um silêncio congelado...
no descampado vaga um tigre sem costeio
dorme um arreio no triste galpão nublado.

Nascem perguntas... morrem todas junto a ti
que muito eu vi num conflito caminhante
do diamante bruto e pouco lapidado
vai um soldado cego e surdo e sim DIAMANTE.

Que os anjos sábios te recolham ensinando...
que aqui - vagando - é que o homem se refaz
a terra traz o que o céu somente ensina
quem determina é o livre - arbítrio em reza e paz.

Vai ao encontro prematuro dos que ensinam
e determinam a justiça em luz contida
busca a guarida o homem rude-  em si - perdido
mais dolorido pelo nó que atou na vida.

Quantos pingos pela rédea e redomões no cabresto...
quantos goles com pretexto de engolir lua  e estrada...

Um dia na madrugada te encontrei  alvorotado
Te dei conselho abraçado e não falastes mais nada.









sexta-feira, 12 de junho de 2015

Não há razão para cifras $$$ no dia dos namorados








Aos que planejam a dois...
O mundo multiplicado
Percebam na paz das almas
O amor elo sagrado...
Presenteiem com silêncio
O que há de ser gritado...
Não há razão para cifras $$$
No dia dos namorados.

Eu aceito estar comigo
Pé torto pro meu calçado...
Amo a Deus mais que a mim mesmo
Depois me entendo ajustado
Nos meus piores defeitos
Um mistério - elo sagrado -
Troquei alianças com a vida
E hoje estou enamorado.


Não há razão para cifras $$$
No dia dos namorados.