sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tão perto e tão distante



                                                        foto Edu Rickes



É providente que tenho escrito pausadamente neste espaço chamado Diário do Andante. Não por que tenho andado menos, ou os assuntos são escassos. Pelo contrário, os muitos temas me fazem andar cada vez mais dentro ou fora do si, que nos é na verdade, um caminho infinito.
Gosto muito quando o tema é genuíno e resgata o linguajar dos humildes representantes do meu pago, a quem devo minha profissão e respeito. Porém, a auto - revolução íntima me empurra aos estudos do mundo da vida, que nos rodeia por informações múltiplas e necessita de muito tempo e concentração para compreendê-los, em sua infinita sabedoria.   
Penso que aproveitar esse espaço para divulgar a doutrina Espirita é fundamental e redentor, pois todos os momentos de entrega e convite nesse tumulto humano são bem vindos quando necessitamos darmos as mãos para caminhar.
Meu básico saber do assunto só é superado pela boa vontade de encaminhar quem ainda não se apegou a nenhum tipo de crença e levará mais tempo para compreender o motivo de estarmos aqui, nesse espaço material que nos oferece assédios para evolução ou regressão.
Do dia 24 de abril estive na palestra do iluminado Divaldo Pereira Franco, que visitou Bagé mais uma vez e nos inundou de sua oratória além-vida.
Divido com vocês o que me causou a passagem deste homem por aqui, e despido da vaidade do artista, peço que absorvam, compartilhem, mas reservem a energia do aplauso para empurrarem o fundamento aos que necessitam compreender.



No lado de lá onde pensam que tudo termina... eis que há o recomeço, o fim do intervalo... a releitura desse espaço que batizam Terra.
Estamos de volta à luz, após o escuro material de cada um... a carne é carne... o que sobra é realmente vida eterna.
Eu gostaria de cruzar... mas já sou carne... o material do desamor... a escuridão do não saber. A guerra íntima escondida em necessária e positiva solidão.
Escrevo os mil poemas da passagem e não sei ler e interpretar ainda minha missão, meu real compromisso.
No lado de cá onde pensam que tudo começa... eis que é  sim realmente o recomeço, uma nova estrada...   o perdão e a penitência.
Orai o livre-arbítrio dos caminhos que se abrem... ainda há tempo pra escolher o amor de amar e és o livre peregrino de passagem.     Jamais em vão.
Coragem... onde pensam que tudo termina é que se acende o recomeço.
Clamar a morte é a covardia dos pagãos. Estás no chão? É bem mais alto do que pensas.
Busca a cruz, e nela acende a força em asas do buscar.  Peregrinaram os que reinam frente ao Deus e, sabe o filho que ficou por ele e dele a luz oculta que adormece em teu sinal.
No lado de dentro, onde pensam que tudo doe, eis que está o nascimento de quem nunca morrerá.
A releitura desse espaço que batizam vida. Entre o puro intervalo do infinito bem maior que é o bem do amor.
Estar com Deus, estar em Deus e encontrar Deus em nós.

Tão perto e tão distante.



Um comentário:

  1. Não há palavras para descrever a beleza desse texto. Obrigada, Lisandro.

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